sexta-feira, 21 de abril de 2017

Um filme ruim. Uma reflexão... bom, aí vai de quem ler!

Texto rápido aqui (como se houvesse alguém lendo) - dia de cinema nacional em casa. Primeiro foi Minha Mãe é Uma Peça 2 - não ri, nem sequer sorri! Em seguida veio Transtornada, Obcecada, Compulsiva - talvez, por esperar demais de Tatá Werneck, me desapontei. Até sorri nesse filme, mas nem de longe uma diversão que tenha valido o tempo diante da TV. Todavia, a personagem principal passa o filme em busca da felicidade. Surtiu numa reflexão. Tantas pessoas a exemplo dela investem tanto de si, e os mais variados recursos numa busca obsessiva pela felicidade, sem se darem ao menor trabalho de perguntar o que seria ela, se seria senti-la o estado natural do ser humano, etc.
A pertinência dessas questões e as respostas as quais possa conduzir é de foro intimo. Particularmente penso que a felicidade como expressão de júbilo contínuo é uma quimera, principalmente nesse planetinha azul pairando no Cosmo. A felicidade aqui se constitui de momentos, momentos de ausência de desconforto, físico e psíquico; talvez por isso tanta gente se drogue, com drogas lícitas e ilícitas. Sabe-se a que elas levam. Portanto, a busca pela felicidade, imagino, não deva se constituir na busca por esse júbilo contínuo, mas pela ausência do sofrimento, por escapar as companhias desagradáveis, as formas perniciosas de entretenimento (comédias nacionais de qualidade duvidosa, inclusive), aos abusos de toda sorte, que lesam e encaminham ao vício, ao convício com pessoas imaturas, autoritárias e negativas, enfim, as mais diversificadas maneiras pelas quais o orgulho e o egoísmo humano tomam forma na vida cotidiana, e impedem uma paz de espírito relativa. Penso que esta paz deva ser mais buscada que esta mui afamada felicidade. Abraços (como se houvesse alguém a receber tal cumprimento!).