sábado, 30 de maio de 2020
Chamada de Elenco - Batman
O Batman é uma complicação -
agindo sozinho, e num mundo que contemple apenas Gotham, o homem-morcego é
crível até certo ponto, como um vigilante, muito mais do que na condição de
super-herói, algo que pode lhe ocorrer apenas quando um elemento fora da
realidade altera tudo - o Superman. Arauto de mudanças gigantescas, a existência
de um alienígena de feições humanas e capaz de feitos sobre-humanos não é um
evento único no Universo DC - há o Lanterna Verde, o Caçador de Marte, os
Thanagarianos, os Coluanos, os Monitores, os Novos Deuses, e um sem fim de
espécies e civilizações extraterrenas que trazem contribuições, voluntariamente ou não, para a
existência humana na Terra. Imaginar que um playboy bilionário prosseguiria
combatendo o crime com uma roupa de kevlar e fibra de carbono é sustentar que
as tecnologias alienígenas trazidas por estas e outras espécies não impactaria no
modo como realiza seu trabalho - por outro lado, aventar que o traje do Batman
se torne exponencialmente tecnológico, poderia decalcar a personagem no Homem
de Ferro, para citar o exemplo mais ilustrativo aqui. Eis uma situação em que
qualquer autor precisa apostar tudo na suspensão da incredulidade do leitor /
espectador, para não correr tal risco. Vários roteiristas de HQs o fizeram,
resultando, por exemplo, em um Batman trocando sopapos com Darkseid; louvável
pela coragem, porém reprovável pela imprudência, e pouco crível por
consequência. Batman é um ser humano, sem super-poderes; uma simples gripe pode
fulminá-lo, e um só dos muitos oponentes que fez ao longo de anos de vigilância
que, porventura, descobrisse sua real identidade, poderia enviar uma bomba à
sua mansão, ou um envelope com Antraz, ou cousa que o valha. Matá-lo não
constitui um grande desafio - por conta disto, compor uma história solo do
Batman é uma tarefa que, acima de qualquer argumento inventivo e mirabolante,
deve contemplar a personalidade de um homem diante de tais situações, um
sujeito paranóide, porém frio, calculista, individualista,
disciplinado ao extremo, cerebral e com atos absolutamente cirúrgicos. Ele não
pode se dar ao luxo de enfrentar qualquer oponente irrestritamente - isto apenas
poderia mudar diante da introdução do elemento alienígena / mitológico em seu
universo. Contando com artefatos capazes de salvaguardar-lhe a vida, a
identidade e a segurança dos que lhe são mais próximos, esta encarnação do
morcego poderia integrar facilmente a Liga da Justiça, compensando assim a
ausência de super-poderes. São, portanto, duas instâncias distintas, dois Batmans;
um sendo a evolução do outro. Um filme solo poderia contemplar a personagem em
seu auge, diante de um complô bem urdido, talvez por Bane, para assassiná-lo,
contando com a participação de diversos de seus antagonistas. Essa poderia ser
uma história longa, dividida em uma trilogia, apresentando apenas ao final do
terceiro ato do último filme este elemento alienígena / mitológico, com as
participações especialíssimas do Superman e da Mulher-Maravilha. Ao contrário
da escalação de elenco do Superman, em que tratei de cada escolha de ator
individualmente, aqui os apresentarei apenas, deixando à imaginação a dinâmica
de tal trupe estelar.
Bruce Wayne / Batman - Armie Hammer
Coringa - Joaquin Phoenix
Selina Kyle / Mulher-gato - Jessica Chastain
Edward Nigma / Charada - Sam Harris
Arnold Wesker / Ventríloquo - Enrico Colantoni
Oswald Cobblepot / Pinguim - Michael Stuhlbarg
Jervis Tech / Chapeleiro Louco - Eddie Marsan
Harvey Dent / Duas-caras - Joel Edgerton
Pamela Isley / Hera Venenosa - Rebecca Hall
Waylon Jones / Crocodilo - Andy Serkis
Basil Karlo / Cara de Barro - Doug Jones
Victor Fries / Sr. Frio - Jude Law
Hugo Strange - Eddie Redmayne
Bane - Dave Bautista
Jonathan Crane / Espantalho - Remi Malek
Ra's al Ghul - Oscar Isaac
Talia al Ghul - Cansu Dere
Lucius Fox - Forest Whitaker
Comissário James Gordon - Harvey Keitel
Carrie Kelley / Robin - Elena Kampouris
Bárbara Gordon / Batgirl - Christa B. Allen
Alfred Pennyworth - Sam Neil
Caçadora / Helena Bertinelli - Kaya Scodelario
Cinema em Poucas Linhas #8
A Forma da Água - Deram um Oscar
a esse filme; pior para a premiação que fica cada dia menos prestigiosa e menos
prestigiada. Guillermo del Toro merece um Oscar por O Labirinto do Fauno, mas
jamais por esse filme. O tom de fábula não se sustenta, e a estética chupada de
Jean-Pierre Jeunet beira o pastiche! Causa uma certa vergonha alheia a
jactância do diretor em lançar algo de tal espécie, uma releitura pretensiosa
de O Monstro da Lagoa Negra misturado a Splash! Uma Sereia em Minha
Vida. Só não é menor a vergonha tendo em vista as análises dos críticos -
uma adulação sem medida a um filminho bem aquém do que o diretor é capaz..
Birdman ou A Inesperada Virtude
da Ignorância - Tiraram o Oscar de Michael Keaton e o deram a Eddie Redmayne;
chega a ser preguiçoso ganhar por interpretar alguém com a degeneração física a
que Stephen Hawking fora submetido por décadas de sua existência, graças a ELA.
Michael Keaton oferta camadas e mais camadas interpretativas de um papel que, a
bem da verdade, soa como uma metáfora de sua própria carreira. Alejandro
Iñárritu merecia um prêmio apenas pela escalação de elenco - todos
inspiradíssimos ao interpretar pessoas envolvidas com a realização de uma peça,
filmado num plano sequência imersivo sem igual. Filme inesquecível.
Aves de Rapina: Arlequina e sua
Emancipação Fantabulosa - Margot Robbie tem tanta fisicalidade neste filme que
em certas tomadas parece um menino com uma peruca da Xuxa, dos tempos em que
ela era a Rainha dos Baixinhos. Há essa mão pesada da bandeira feminista que
insiste em torná-la menos sexual - resulta numa androginia vista principalmente
nas cenas de ação, executadas pela atriz em grande parte. Além disto, o filme é
genérico e aparentado de Esquadrão Suicida, o que é já um grande demérito, que
apenas se acentua tendo em vista o recente Coringa. Numa tarde de chuva,
isolado pela pandemia, sem ter muito mais o que fazer, é uma opção inócua que
vale pela pipoca.
X-Men Fênix Negra - A Fox é um
caso de amor é ódio; amor por que trouxe os dois primeiros filmes dos X-Men, lá
no começo do século - e ódio por que não soube muito bem o que fazer com eles
depois disso. Quase se refez com X-Men Primeira Classe, mas acabou pondo tudo a
perder em seguida. A trilogia do Wolverine, então, é nada menos que grotesca.
X-Men Fênix Negra é aquele prego que entrou fácil pra fechar o tampa do caixão
da franquia. Tentando fazer uma adaptação decente da saga da Fênix Negra, algo
que fora tentado em X-Men O Confronto Final, este filme tem ainda os mesmos vícios
dos anteriores, o que já o faz comprometido desde o primeiro segundo. Um fim
triste para essa franquia, infelizmente.
Jojo Rabbit - Thor Ragnarok é tão
colorido e divertido quanto Guardiões da Galáxia vol. II; se o que os iguala
também é o humor, o que os distingue é todo o resto. A terceira aventura do
Deus do Trovão traz um tom mais arejado ao personagem e seu universo, enquanto
a segunda aventura de Peter Quill e sua trupe é apelativa e galhofeira em
diversos momentos. Por isso esperava algo maravilhoso de Jojo Rabbit, dirigido
pelo mesmo Taika Waitit de Thor. Mas a saga de maturidade de um garoto alemão
em pleno regime nazista é de dar sono. O humor não vem quando deveria, e o
drama vivido pela protagonista não empolga, não sensibiliza e demora a engrenar
- o filme parece ter cinco horas mais ou menos. Enfadonho e desnecessário.
O Exterminador do Futuro Destino
Sombrio - Alguém pare essa franquia, por favor! A ressurreição de Sarah Connor
não poderia ser mais humilhante para Linda Hamilton senão quando divide a cena
com Mackenzie Davis. O problema da viagem no tempo está todo ele exposto nesta
saga. Quando a tecnologia para tanto se vulgariza, qualquer situação é
possível, e a lógica salta pela janela. De Volta para o Futuro é o que é por
que havia senão um capacitor de fluxo, e apenas um homem capaz de o conceber.
Quando o Delorian caiu em mãos erradas, Biff fez um futuro a seu gosto. Mas
quem a lição aprendeu? Exterminador do Futuro é esse atentado ao bom senso, que
macula o bom gosto e a paciência do expectador. A história aqui? Quem se
importa? É aquele velho clichê de sempre - absolutamente esquecível, menos por
Mackenzie Davis, a única que sai ilesa.
Ameaça Profunda - As
profundidades oceânicas da Terra me são mais instigantes do que aquilo que se
esconde no espaço profundo; provavelmente porque a ameaça está aqui ao lado,
embora pareça completamente alienígena. No entanto, não há filme que consiga
emular o efeito do filme Alien, e este se esforça, mas acaba genérico. Um a um,
todos vão morrendo e alguém se salva no final, ainda pondo fim a ameaça. Básico
e ao rés do solo - esquecível.
Parasita - filmes que nos deixam
a beira da poltrona, presos pela tensão de um clímax que desde o início se
anuncia trágico - eis Parasita. Leituras mil foram feitas já deste filme, desde
seu apuro técnico exemplar e irretocável, até a metáfora da história que conta,
da dicotomia entre ricos e pobres, dos abismos sociais, etc. Fato é que a
família pobre que busca meios, nem sempre honestos, de sobrevivência frente a família
rica que poderia ser mais inteligente, esperta e empática cria um baile de
máscaras em que a verdade é sempre feia, grotesca e eminentemente humana. O
filme é um tapa na cara e um murro no estômago ao mesmo tempo. Sublime.
Dunkirk - Christopher Nolan
dirige um filme de guerra que nem mesmo parece seu; as explicações excessivas
dão espaço as explicações necessárias e só. O resto é cena de ação, nem sempre
com o resultado mais empolgante do mundo, entremeado pela recriação da
evacuação de mais de 300.000 soldados britânicos do norte da França,
encurralados por uma divisão panzer alemã, durante a Segunda Grande Guerra
Mundial. Linhas narrativas paralelas se convergem em certo momento, com um
resultado apenas morno. Outro filme do Nolan que não me fez a menor diferença.
Próximo.
1917 - Dois soldados britânicos
precisam atravessar a França tomada por alemães durante a Primeira Grande
Guerra Mundial, a fim de evitar um ataque de suas tropas que pode comprometer
mais de 1600 vidas, poupando assim o irmão de um deles. Num plano sequência
muito bem feito, o diretor Sam Mendes conta esta história que teria sido
baseada em fatos reais, passados com seu avô. Independentemente deste fato, a
obra não me conquistou - todo o esmero está lá, em cada frame digital, na recriação
de época, no drama humano em meio a guerra, mas talvez o filme me haja
encontrado sem o espírito preparado para o que propunha. Achei tão morno quanto
a obra do Nolan.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
sábado, 16 de maio de 2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Chamada de Elenco - Superman
A antiga
e extinta revista Wizard, aquela mesma que foi publicada no Brasil pela Editora
Globo em meados dos anos 1990, e anos mais tarde pela Panini, até mudar de
nome, possuía em sua primeira versão uma sessão interessante e instigante - os
editores imaginavam possíveis elencos para filmes baseados em HQs, distribuindo
personagens aos atores e atrizes hollywoodianos mais conhecidos no período, e
escalando os diretores que melhor traduziriam universos particulares a cada
editora ou seguimentos dentro destas. No espírito daquele período, dei-me ao
exercício de imaginar um elenco para um hipotético filme do Superman sem, no
entanto, apontar um diretor para a empreitada. Não parece-me haver coesão
dentre os trabalhos dos profissionais a vista, muito em decorrência de uma
incisiva interferência de produtores e estúdios - assim é que bons filmes que
se anunciavam se tornaram pesadelos para os fãs, e fonte de amargura e prejuízo
para seus realizadores; que o diga Zack Snyder, que parece particularmente
deprimido com seu afastamento do comando do filme da Liga da Justiça, um
fracasso retumbante que, inadvertidamente poderia ter sido ainda pior acaso
houvesse podido completá-lo segundo sua míope visão do mundo dos super-heróis. Homem
de Aço, lançado em 2013 oferta ao expectador justamente os resultados de se
juntar um personagem correto a um realizador equivocado - parábola luminar da
figura do Cristo, Superman simboliza esperança, encarnando nobiliárquicos
preceitos morais e potencialidades humanas em superlativos montantes - jamais
seria bem representado por um diretor de visão sombria e taciturna, que
valoriza os aspectos gráficos de sua arte em detrimento a um roteiro que
falseado, não se alinha as características da protagonista e das demais personagens.
Seu Superman é inseguro, imaturo, amador e perigosíssimo, representando uma
ameaça a ser combatida. Mas, vamos as minhas escolhas para um filme que
necessitaria de um realizador visionário como o foi Richard Donner em 1978.
Definitivo em Christopher Reeve,
encontrou em Henry Cavill um Superman em potencial, um potencial que não se
cumpriu ainda - há quem veja sua primeira tentativa como a última, não por suas
capacidades interpretativas, mas por todo o contexto de um universo
compartilhado de filmes que não encontrou sua melhor expressão, graças aos
realizadores desastrosos de sempre. O estúdio preferiria um rosto desconhecido
para um futuro recomeço, prática usual. Mas como quem manda por aqui dita as
regras, manteria Cavill como o Superman que poderia cumprir-se quando explorado
por um cineasta que lhe compreendesse o éthos. Algumas mudanças pontuais no
visual também ajudariam, como o retorno da cueca vermelha e do pega-rapaz no
cabelo, além de uma paleta de cores luminosa em tons de azul, vermelho e
amarelo mais claros, e uma capa menor, já que a capa gigantesca pertence ao
Batman.
Lois Lane - Lilly Collins
Margot Kidder não fora uma atriz
de grandes atributos, mas uma boa compositora de tipos, e sua Lois Lane
tornou-se a versão mais querida - ela soube equilibrar a curiosidade e
intrepidez próprias da profissão jornalística, sem abrir mão da fragilidade
pedida a companheira clássica do Superman. Amy Adams saiu ilesa de sua
experiência na pele da repórter, em parte por que o roteiro não lhe permitiu
mais; mas penso que novos ares seriam bem-vindos ao par romântico do último
filho de Krypton, cabendo a Lilly Collins encontrar uma Lois Lane espevitada
como Kidder o fez, sem abrir mão das atualizações necessárias.
Jonathan Kent - Tom Hanks
Kevin Costner é o interprete
daquela que talvez seja a pior versão do pai adotivo do Superman - temeroso e
super-protetor, este Jonathan Kent legou ao mundo um filho inseguro, imaturo e
cheio de uma agressividade passiva, manifesta em sua incapacidade de agir
racionalmente; a destruição que ele impõe, não dando grande importância para a
propriedade ou para os transeuntes desavisados que poderiam ferir-se em meio
aos sopapos que trocou com seus conterrâneos é prova disto. Glenn Ford, a seu
turno erigiu um espírito sólido no filho, e é esta persona paterna que se
adéqua melhor na figura de Tom Hanks.
Martha Kent - Diane Lane
A interpretação de Martha Kent
por Diane Lane exorta o redneck brucutu e estúpido do interior dos EUA, mas ao
mesmo tempo revela camadas insuspeitas de uma mãe zelosa, ainda que tão
insegura em relação ao filho quanto o companheiro Jonathan. Por estas nuances
ela mostrou uma química interessante com Cavill, que melhor explorada por um
roteiro apropriado pode permitir a ela aprofundar ainda mais na composição da
personagem, dando toques mais matronais como em Phyllis Thaxter. Claro,
deixando de lado todas as falhas compostas pela caracterização exigia por
Snyder.
Jor-el - Pierce Brosnan
A atuação de Marlon Brando compôs
um Jor-el imponente e sábio, cerebral porém frio, consciente de seus vastos
conhecimentos, tanto quanto do fim iminente para si, sua família e seu mundo.
Seu filho carregará o legado de toda uma espécie, e sua orientação não lhe
poderá faltar - este homem não ganhou grandes luzes na pele de Russel Crowe, um
bom canastrão que precisa garimpar tipos que melhor se conformem a seu estilo.
Pierce Brosnan no entanto, pode agregar uma imponência inglesa, mais bem
amoldada em pontuais flashbacks, afinal ninguém precisa de uma nova história de
origem.
Lara Lor-van
Susannah York e Ayelet Zurer
passaram sem grandes sobressaltos pela pele da mãe biológica do Superman - a
personagem algo anódica em suas adaptações para outras mídias precisaria de uma
nova chance, e uma nova atriz para mostrar-se a pleno, e a escolhida é Gillian
Anderson para o intento. Redescoberta anos depois do fim de Arquivo X, suas
atuações têm sido tão díspares quanto memoráveis, revelando uma insuspeita
versatilidade.
Lex Luthor - Sean Penn
Gene Hackman encarnou um Luthor
caricato, mas adequado ao espírito do filme de 1978. Novos tempos pedem novas
abordagens e necessárias atualizações - John Byrne entendeu isso, e nas HQs
fê-lo um empresário de sucesso, cujos bilhões vinham de seus negócios, lícitos
e ilícitos, e não mais de patéticos assaltos a banco, ou da aplicação de golpes
em moribundas velhinhas milionárias - vergonha alheia do Lex Luthor de Kevin
Spacey, não por culpa dele, claro! Talvez por conta disto sempre vi o antagonista
do azulão como alguém mais velho, e Sean Penn não apenas tem o tipo e a idade,
como também o talento que faltou a Jesse Eisenberg.
Perry White - Stephen Lang
Da prepotente e abrutalhada
figura do Coronel de Avatar, ao psicótico veterano cego de O Homem
nas Trevas, Stephen Lang tem sido brindado com papéis interessantes e
vistosos, e a autoridade que é capaz de impor as suas personagens pode casar
perfeitamente ao velho editor rabugento de O Planeta Diário - com a vantagem de
manter-se a etnia da personagem, uma característica que vem sendo desrespeitada
por Hollywood já há muitos anos, anos estes de patrulhamento ideológico,
políticas afirmativas e expropriação cultural.
Jimmy Olsen - Cole Sprouse
O sidekick mais a escanteio de um
super-herói do primeiro escalão, Jimmy Olsen teve uma vida mais agitada nas HQs
que em suas adaptações para outras mídias. Acaba por encarnar uma espécie de
estorvo para o Superman, principalmente porque se põe em situações perigosas.
Reinventado como um habilidoso repórter fotográfico ou documentarista
iniciante, poderia agregar informações pertinentes ao enredo, além de um
possível alívio cômico.
Lana Lang - Emma Corrin
Poderia surgir em flashbacks
oportunos da juventude do Superman. Uma expressiva ruiva de olhos azuis daria
vida à perfeição ao primeiro amor de um juvenil Clark Kent, e esta seria a
atriz inglesa Emma Corrin.
General Zod - Bryan
Cranston
Para o caso de ser utilizado já
no primeiro filme, ou ser o antagonista da possível sequência (já que as
versões com Christopher Reeve parecem impor um padrão), Zod ficaria a cargo do
talentoso Bryan Cranston, que mais do que se impor pela prepotência ou
fanatismo, poderia mostrar-se um inimigo à altura por seu pensamento militar
analítico, repleto de estratagemas e subterfúgios, capaz de dobrar o Superman
pela força do intelecto, e não dos punhos.
Ursa / Faora - Noomi Rapace
A principal assecla do General
Zod, Noomi Rapace somaria a Faora uma selvageria presente em sua expressão - é
um personagem que, se bem explorada, oferece uma complexidade que pode render
uma oponente valorosa ao Superman, muito mais do que o visto até então em suas
encarnações no cinema.
Non / Quex-ul - John Cena
No quesito entrar mudo e sair
calado, John Cena pode fazer uma figuração de luxo, já que começa a trilhar os
caminhos de Dwayne Johnson. Não é o que se pede a ele, já que Quex-ul seria
aqui a força e a fisicalidade a qual Zod não se submeteria, apesar de ter os
mesmos poderes que os demais kryptonianos submetidos as condições de vida na
Terra. Treinado em combate, essa encarnação de Quex-ul forçaria a inteligência
do Superman para ser obliterado, muito mais do que ofertar uma formidável
disputa de poderes.
Eve Teschmacher - Nicole
Austin
Nicole Austin ornamentaria a vida
de Lex Luthor numa boa encarnação da Srta. Teschmacher, o belo e burro troféu
do antagonista mor do azulão. No entanto, poderia ser ela a figura ambígua da
secretaria / amante / motorista que, suficientemente próxima conhece os
meandros das maquinações de Luthor; e a altura tanta, forneceria as informações
pertinentes aos mocinhos.
Otis - Jack Black
Alívio cômico? Não aqui, em que
Otis, um antigo e esquecido parceiro de crimes de Luthor amarga a condenação
máxima no corredor da morte, destilando ódio contra seu antigo colega que tornou-se
magnata industrial com ligações nas altas esferas do poder do Estado. Assim
como Taschmacher, seus conhecimentos poderiam ser utilizados para frustrar os
objetivos do vilão.
Hope Taya - Kiki Layne
Uma mulher afro-americana
intimidadora ficaria a cargo de Kiki Layne, numa boa parceria com sua
contraparte loura a guardar a integridade física de Lex Luthor.
Mercy Graves - Mackenzie
Davis
Loura, linda e mortal, a fiel
guarda-costas de Luthor ficaria perfeita na pele de Mackenzie Davis, que pôde
mostrar-se em ação no último filme do Exterminador do Futuro. Sua participação
poderia ser maior no primeiro filme, maior e importante para a trama, claro.
Kara Zor-el / Linda Danvers
/ Supergirl - Odeya Rush
A participação especial que
faltava, ou a trama principal do filme? Não importa - mas, a Supergirl poderia
ser a ponte para uma primeira ou segunda sequência, em que Brainiac seria o
antagonista, ao lado dos demais kryptonianos (Zod, Faora e Quex-ul), ou não.
Melissa Benoist tem honrado a capa na série de TV, mas uma cara nova, mais
próxima as feições e biotipo de Henry Cavill, e uma atitude nova são a ajuda
que Kal-el precisará para derrotar seus inimigos.
Bruce Wayne / Batman -
Armie Hammer
Armie Hammer esteve envolvido no
passado a um projeto de filme com o morcegão, mas não foi então que vestiu o
capuz. Seu porte físico e seu estilo de atuação emprestariam a Bruce Wayne a
exata medida de indolência e apatia de um playboy mimado, pouco ou nada
interessado nos negócios da família - ainda aqui, o maior detetive do mundo:
cerebral, calculista, frio e tenaz. Nada que lembrasse o Batman furioso, afoito
e dependente da tecnologia de Lucius Fox que fora encarnado por Christian Bale;
menos ainda sua versão mais amarga, rabugenta e burra a que Ben Affleck dera vida.
Diana Prince / Mulher
Maravilha - Gal Gadot
Sabe aquele momento em que
Christopher Reeve parecia resolver qualquer situação com um sorriso de canto de
boca, meio acanhado, coisa de caipira mesmo? Então, Gal Gadot faz igual! E os
filmes em que ela encarna a filha dileta da Ilha Paraíso estão aí para não me
deixar mentir. Mordi minha língua quando a vi caracterizada e em ação, e embora
seu filme solo não seja exultante, cumpre o papel de história de origem a
contento. Volta aqui para uma participação especialíssima.
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