terça-feira, 4 de setembro de 2018

Boca de Ouro

Pobre do cidadão recifense que, saindo da balada pelas tantas da madrugada, se não é violentamente espancado pela Perna Cabeluda, acaba admoestado pelo Boca de Ouro. Parece um cidadão comum, elegantemente trajado com seu terno branco e chapéu Panamá, que interpela o passante acerca da posse de fogo para o seu cigarro. A luz pouca de tais horas, demora para o pobre diabo ver-se diante de um sujeito de crânio descarnado de dentes dourados, que o perseguirá em busca de um isqueiro ou fósforo. É uma assombração bastante popular no nordeste do Brasil, e não apenas em Recife.


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